
Amar o seu Corpo é um Romance para toda a Vida.
Hoje em dia, infelizmente, muitas pessoas têm uma relação negativa com o seu corpo. Na verdade, é interessante pensar como se vive na era da procura pela igualdade e aceitação e, no entanto, nunca fomos tão reféns da imagem.
Assim, encare este momento como o momento de parar e de (re)começar.
Parar de se comparar, nem com sua influencer preferida nem com o vizinho do lado, porque essa é uma luta inglória, da qual sairá sempre a perder. (Re)começar a olhar para si mesmo, perceber o seu valor e amar-se. É verdade que isto parece tudo muito inspirador, mas como fazê-lo?
Aqui vão 7 maneiras para que aprenda a amar o seu próprio corpo:
Para amar é preciso conhecer o seu corpo
Uma das maneiras mais eficazes de se conhecer consiste na prática de mindfulness. Um exercício muito recomendado chama-se body scan (leitura do corpo), que consiste em fechar os olhos, inspirar e expirar devagar, e focar toda a atenção numa das extremidades do corpo, por exemplo, os pés. O que sente? Alguma tensão? Frio? Suba a sua atenção para as pernas e vá subindo, passando por cada parte do corpo e analisando o que sente. Assim, consegue, desta forma, ligar-se ao seu corpo e, uma vez que a sua atenção está focada em observar as sensações, o cérebro não tem espaço para julgar. Esta é uma ferramenta poderosa para conhecer o seu corpo sem o criticar.
Honre tudo o que o seu corpo consegue fazer
Em vez de se concentrar na celulite que tem nas coxas, pense em todos os caminhos que as suas pernas já percorreram. Foque-se nos abraços calorosos que os seus braços já deram, não no “músculo do adeus”. Pense nos sorrisos que dá e não nas rugas que cria. Para ajudar nesta tarefa, faça uma lista de tudo o que o seu corpo lhe permite experienciar, sentir e aprecie isso.
Mexa-se
Chegou a hora da confissão: Diga lá se, quando acaba um treino, não vai imediatamente ver-se ao espelho à procura de mudanças? Por mais incrível que pareça, a sensação de bem-estar provocada pelo exercício também ajuda a melhorar a imagem corporal. Assim, encontre um desporto que goste de fazer e que celebre o seu corpo. Ao fazer algo que goste, vai conseguir manter a atividade física a longo prazo e perceber que o seu corpo consegue fazer mais coisas do que julgava (como correr mais quilómetros ou pegar em pesos mais pesados) e sentir-se orgulhoso.
Encare o exercício como uma maneira natural de se sentir com mais energia, reduzir o stress e manter-se saudável, não como uma ferramenta de tortura.
Deixe o pensamento que só vai ser feliz quando tiver certo aspeto
Antes de mais, pergunte a si próprio: “porque quero mudar o meu corpo?”.
Muitas vezes, é possível que o faça porque acha que as pessoas vão aceitá-lo ou gostar mais de si se corresponder a determinadas medidas e peso. Se assim fosse, existiriam tantos modelos, atletas ou atores com depressão? Como pode ver, a aparência não é tudo. Essa felicidade que procura é um trabalho que tem de fazer primeiro internamente e só depois é que esta irá refletir-se no exterior.
Pare de julgar o corpo dos outros
Para aprender a amar o seu corpo, tem de deixar também de julgar o corpo e a aparência dos outros. Quando critica alguém, está a dizer – às outras pessoas e a si próprio – que o valor das pessoas pode ser determinado através do seu aspeto. Pare com este comportamento, pois todos merecem ser aceites com o corpo que têm e não é este que lhes vai retirar (ou acrescentar) valor.
Faça uma limpeza digital
Algo bastante fácil de fazer para contrariar este efeito é deixar de seguir contas que fazem sentir-se mal consigo próprio. Seja mais responsável e consciente acerca das suas escolhas, inclusive de quem segue nas redes sociais. Procure adicionar mais contas de pessoas com interesses semelhantes aos seus, com quem se identifique e que o façam sentir-se mais motivado. Da mesma forma que somos influenciados pelas pessoas que nos rodeiam, as redes sociais vão ter o mesmo efeito.
Seja o seu melhor amigo
Uma das principais fontes de problemas com a imagem corporal advém da forma como falamos connosco próprios. Faça um exercício muito simples: se um amigo seu dissesse que não gostava da sua aparência, o que lhe diria? De certeza que o seu discurso é mais positivo e o tom diferente do que aquele que tem consigo próprio. Por isso, da próxima vez que se sentir mais em baixo, fale consigo como falaria com o seu melhor amigo.
E quando precisar, lembre-se desta frase proferida pelo filósofo Séneca:
“Sou muito grande, e muito superior é o destino para o qual nasci, para que eu possa permanecer escravo do meu corpo”.