Fome emocional: o que é e como melhorar?

Certamente já tiveste, ou conheces alguém que tenha tido, um dia mais stressante no trabalho e acabou a devorar um pacote de bolachas ou batatas fritas. A essa relação entre o estado emocional e a necessidade de nos alimentarmos, mesmo sem fome, chama-se fome emocional.

Este é um fenómeno complexo que muitas pessoas enfrentam diariamente, mas que nem sempre são capazes de reconhecer. Hoje a Dieta EasySlim® vai explicar-te o que é a fome emocional e como aprender a geri-la.

Ao contrário da fome física, que é uma resposta natural do corpo à necessidade de nutrientes, a fome emocional é desencadeada por sentimentos, emoções e estados psicológicos. Trata-se de um desejo de comer que surge, muitas vezes, quando na verdade procuramos conforto ou distrações.

O primeiro passo para controlar a fome emocional é reconhecê-la. Para isso podes estar atento a sinais como:

  • Fome repentina: a vontade de comer surge rapidamente, sem que tenha havido um intervalo prolongado desde a última refeição;
  • Desejo por alimentos específicos: normalmente alimentos ricos em açúcar, gordura ou hidratos de carbono, como doces, salgados, pizza, gelado, etc;
  • Alívio temporário: embora a ingestão desses alimentos possa proporcionar uma sensação temporária de conforto ou prazer, ela geralmente é seguida de sentimentos de culpa ou arrependimento;

Geralmente a fome emocional está associada a sentimentos (positivos ou negativos), sendo os mais relatados stresse, ansiedade, solidão, tristeza e tédio. Nestes casos, as pessoas procuram encontrar algum conforto na comida. E se pensarmos um pouco, facilmente percebemos que essa relação entre a alimentação e o carinho está nas nossas vidas desde o primeiro dia, ou vamos negar que um bebé quando é amamentado ao peito não está também a ser mimado e reconfortado pela sua mãe?

E sabes, está tudo bem em ver nos alimentos uma forma de conforto! O problema existe apenas quando ela é a única forma de conforto ou o primeiro recurso quando dele necessitamos.

Por isso, assim que sejas capaz de identificar a fome emocional, importa colocar algumas estratégias em prática para melhorar a tua relação com os alimentos. Por exemplo:

  • 1.

    Pratica o mindfulness: estar presente no momento e consciente das tuas emoções e sensações físicas. Isso pode ajudar-te a distinguir entre a fome física e a fome emocional, permitindo que tome decisões mais conscientes sobre a alimentação.

  • 2.

    Mantém um diário alimentar: anotar o que e quando comes, bem como os sentimentos e emoções associados a cada refeição, pode ajudar-te a identificar padrões e gatilhos emocionais que desencadeiam a fome emocional.

  • 3.

    Procura alternativas mais saudáveis: uma forma ótima de lidar com as emoções é a prática de exercício físico, já que a nível cerebral, este consegue ter o mesmo impacto positivo e de bem-estar que o consumo de alguns alimentos. Para além disso, meditar, conversar com um amigo ou praticar um hobbie, podem ser formas alternativas mais saudáveis ao consumo alimentar por impulso.

  • 4.

    Estabelece rotinas: manter horários regulares para as refeições principais e lanches, pode ajudar a prevenir a fome emocional, garantindo que o teu corpo recebe os nutrientes necessários de forma consistente ao longo do dia.

  • 5.

    Aprende a lidar com as emoções: em vez de usar a comida como uma forma de lidar com emoções difíceis, desenvolve habilidades para enfrentar e processar os teus sentimentos de maneira mais saudável, seja através de psicoterapia, journaling, técnicas de relaxamento ou hobbies criativos.

  • 6.

    Tem a tua lista de apaziguadores: os apaziguadores são atividades que de alguma forma nos confortam e que podem variar muito de pessoa para pessoa. Ouvir música, dançar, ver um filme, conversar com um amigo ou tomar um banho relaxante, são algumas das atividades que te podem ajudar a sentir-te bem e de fácil aplicação. Faz a tua lista e tem-na sempre contigo para a ela recorrer quando necessário.

A fome emocional é um desafio comum, mas controlável. Ao reconhecer os sinais e saber como deves agir quando eles surgem, é possível controlar e até mesmo reduzir a incidência de episódios de fome emocional na tua vida.

Lembra-te que a jornada para uma relação saudável com a comida e com as emoções pode ser gradual, então se gentil contigo mesmo durante o processo. E se precisares, pede ajuda a um profissional!

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